Sou apaixonada pelo pé bananeira... acho-a a mais brasileira das plantas... Yes nós temos bananas, bananas pra dar e vender... que o diga o nosso poeta Caetano Veloso! E eu tenho bananas... e no pé... no meu quintal... de uma casinha pequenina... meu sonho de consumo que virou realidade! Está virando neh? Construí-a por etapas e agora, finalmete, estou terminando os quartos. Durante a obra tiramos esta foto, com o verde ao fundo, com as bananeiras, mangueira, jabuticabeira, pé de acerola e outras que não aparecem!

Aqui os quartos já prontos!

Tenho outro pé ao lado de meu fogão a lenha... outra paixão!

E para aquecer os corações como o fogão aquece o corpo publico um poema de Glauco, tirado da net, que lhe peço emprestado para afagar a alma de quem gosta desta cultura.
Fogão a lenha
Ah, velho fogão a
lenha
companheiro de invernias
pelas madrugadas frias
junto a ti a me
esquentar
cedo me encontro a matear
palmeando a cuia do amargo
buscando
calor e afago
pra o dia que vai raiar
Olhando o fogo brotando
por
entre a lenha de angico
perdido às vezes fico
mil formas imaginando
nas
labaredas dançando
qual china despudorada
enfeitando minha
morada
enquanto, só, vou mateando
A passarada em festa
ensaia uma
sinfonia
antes do raiar do dia
chamando minha atenção
outra acha
queimo, então,
para manter o calor
vou me aquecer pra o labor
da dura
vida de peão
A chaleira preta chia
anunciando a água pronta
por
hora perdi a conta
de quantos mates tomei
até a erva já virei
no
costume matinal
é nessa hora, afinal,
que o peão se sente um rei
Há
uma curiosidade
desse fogão campechano
que me acompanha ano a ano
me dê
razão quem um tenha
quem duvidar, pois que venha
ao meu rancho e tire a
prova
que a "bóia" é bem mais gostosa
feita num fogão a
lenha
Quantos versos tu inspirou
numa tertúlia a teus
pés
confirmando o que tu és
na alma deste campeiro
é o fato mais
certeiro:
o inverno tarda, mas vem
e é mais quente o lar que tem
o
calor do teu braseiro
Velho fogão que aquece
sem nenhuma
pretensão
prenda, empregado, patrão,
moço, velho e guri
e até um gato
que vive aqui
comungando o frio que sinto
vai buscar por puro
instinto
calor debaixo de ti
Do amanhecer à tardinha
da dura lide
ao descanso
guardas em teu fogo manso
o aconchego fiel
e eu fico
pensando ao léu:
quando outro rumo eu tomar
será que vou
encontrar
fogão a lenha no céu?
de Glaucio dos Santos
BrumVenâncio Aires - RS