Essas bonequinhas me encantam!
Tive poucas bonecas na vida! Lembro-me de três: uma de papelão (quem se lembra? rs), uma de louça e a outra de pano.
Essa de pano foi meu pai quem a fez pra mim. Vendo a minha dificuldade em fazer, pois tinha uns 9 anos, acho eu, ele tomou a função pra si. O resultado foi uma boneca robotizada, pois a cara e o corpo saíram quadrados rs. Como a habilidade dele em costura era tão nula quanto à minha, ele tomou o tecido de ambas as partes e foi dobrando em dois, em quatro e assim por diante... a forma, necessariamente, teria de sair quadrada. A boneca não saiu bonita, mas o seu carinho em me agradar jamais saiu da minha mente... nem a imagem da boneca. Acho que podem passar mais muitos anos que nunca vou esquecer minha boneca robótica.
Outros bonecos que fazem parte de minha imaginação infantil são a Bonequinha Preta e o Bonequinho Doce... livros infantis de Alaíde Lisboa.
Eu estava começando na arte da leitura e minha imaginação corria solta... ficava muito triste com o destino do pobre bonequinho doce!
As bonequinhas de Nina são mais felizes rs.
Agora, depois de grande, e bem grande (rs) brinco com outras bonecas.
Minha máquinas de costura são minha bonecas... é com elas que eu agora brinco.
Outro dia, adquiri mais uma, das seis que tinha. Comentando com uma amiga e dizendo que eu deveria ser doida, pra ter tanta máquina ela me respondeu com uma pergunta:
_ Quando você era pequena vc tinha qualquer brinquedo que queria?
Ao que eu respondi:
_ Claro que não! Além de a gente não ter poder aquisitivo para isso havia a cultura de não dar presente com excesso para crianças. Não havia o consumismo de hoje!
Então minha amiga me disse:
_ Marina, suas máquinas de hoje são os brinquedos de ontem que você não teve!
Sábia amiga!
Eis a bonequinha do desafio... a primeira de sete!